domingo, 22 de maio de 2011

Hogwarts, uma História - 1





Capítulo 1 – O Leão



Era uma noite fria de dezembro. A neve forrava o chão do pequeno vilarejo, e o vento cortante ribombava sobre os telhados das pequenas moradias. Os habitantes protegiam-se do frio, escondidos em suas casas, ao redor de lareiras. Apenas um homem caminhava, solitário, através da rua principal.
Os cabelos ruivos esvoaçavam ao vento, assim como sua longa capa negra, que envolvia um corpo musculoso. A barba crespa cobria seu rosto austero, e os olhos verdes e profundos demonstravam coragem e determinação. Parecia um grande leão, e sua aparência era altiva e imponente. Continuou caminhando, as botas afundando na neve, sua face corada pelo vento cortante, e a bainha da espada sacudindo na cintura, até chegar no fim do vilarejo. Uma cadeia de montanhas circundava a aldeia, pois se localizava em uma região alta e motanhosa, onde ventava e fazia muito frio; apesar disso, o manto negro da noite cintilava, repleto de estrelas. O homem continuou caminhando, na direção oposta à da aldeia, e começou a subir pelo relevo acidentado. Escalou e desviou de valas, elevações e rochas cobertas de gelo, até se deparar com o paredão de um penhasco, que parecia ter mais de oito metros de altura. Ele se aproximou e, sem hesitar, meteu a mão na parede de pedra, deu um impulso e escalou. A rocha negra era gelada, e suas mãos nuas arderam com o frio; todavia, isso era um pequeno detalhe, sem importância para aquele homem, cujo objetivo almejado era grandioso e superava qualquer dor física. Depois de longos vinte minutos, ele estava em cima do penhasco, estirado no chão, ofegante. Não estava mais com frio; ao contrário, suava. Respirou profundamente, e se levantou. A paisagem ali era magnífica e assustadora: montanhas colossais, revestidas de gelo, pareciam alcançar o céu negro daquela noite fria. Entretanto, algo se destacou nessa visão, e chamou a atenção dos olhos verdes e atentos. Era um ínfimo ponto vermelho e cintilante, que tremeluzia, como se emitisse calor. Uma fogueira: era isso que ele procurava.
Durante horas, ele escalou e desceu montanhas e penhascos, de diversas alturas, em  direção à fogueira. Finalmente, ele estava a poucos metros da fogueira, a qual aquecia um grupo de cinco homens. Dois deles estavam dormindo sentados, enquanto os outros três conversavam baixinho. Sorrarteiramente, o homem ruivo se aproximou deles, ocultando-se atrás de rochas e da própria montanha. Quando estava perto o suficiente, puxou do cinto uma vara de cedro, de uns trinta centímetros de comprimento, cuidadosamente talhada. Mirou-a na parte superior da montanha, logo acima dos homens, e gritou:
- Confringo!
Sua varinha emitiu um estrondo e um raio de luz dourada que, ao colidir com a crosta da montanha,  causou uma explosão, e em seguida uma avalanche.
De um sobressalto, os cinco homens se levantaram, assustados, enquanto blocos de gelo caíam próximo de onde eles estavam. Nesse momento, o homem ruivo se revelou para eles, e sua voz retumbante ecoou pela montanha.
- Afastem-se da minha aldeia, biltres! Ou sofrerão a minha ira!
Os homens se entreolharam, apavorados, mas ele continuou.
- Não permitimos saqueadores e ladrões nestas montanhas. Vão embora!
Nesse instante, uma série de coisas aconteceu. Um enorme bloco de gelo atingiu um dos homens, esmagando-o, e os outros puxaram lanças e varinhas. No entanto, não foram rápidos o suficiente: com um movimento ligeiro, o homem disparou um jato de fogo, que atingiu a fogueira. E dela, línguas de fogo saltaram, como chicotes estalando contra os homens. Mais um disparo, um clarão vermelho, e um deles caiu desacordado. Outros dois se esfregavam na neve, tentando apagar o fogo que consumia suas roupas. O homem ruivo puxou uma espada prateada, e com um urro gultural, saltou em direção a eles. Mas não foi necessário; os três que continuavam em pé fugiram para a direção oposta, carregando o outro desacordado nos ombros. Respirando lentamente, o homem observou sua espada por um instante. Ao longo da lâmina prateada, havia uma inscrição: Godric Gryffindor. Tornou a embainhá-la, e olhou para o céu. O sol nascia na alvorada, ofuscando as estrelas do lado oposto, no céu azulado. Durante mais alguns minutos, observou o nascer resplandescente do sol, até rumar de volta para a aldeia. Lá, seria novamente aclamado como herói pelos aldeões. Mal sabia ele que muitos séculos depois, aquela aldeia seria batizada como Godric’s Hollow, em sua homenagem. 

domingo, 17 de abril de 2011

Hogwarts, uma História - Prólogo



Era um tempo sombrio. Terríveis guerras entre trouxas assolavam a Europa, afetando até mesmo os bruxos, cujas aldeias eram devastadas, e por vezes, viam-se obrigados a tomar partido entre os lados do combate. Doenças, como a Peste Negra, vitimavam tanto mágicos como não-mágicos, e nenhuma poção até então conhecida, surtia efeito para combater esse mal. Os bruxos também travavam suas próprias guerras. Duendes perversos tramavam tomar o poder, afim de reivindicar seus direitos pela posse de seus tesouros, além de lutas entre clãs bruxos rivais. A comunidade mágica estava dispersa pela Europa, e ninguém ousava confiar em ninguém.
Neste cenário de guerra, surgiram quatro grandes e poderosos bruxos: Godric Griffindor, Rowena Rawenclaw, Helga Hufflepuf e Salazar Slytherin. Apesar de características e pensamentos diferentes, os quatro tinham o mesmo objetivo: reunificar a comunidade bruxa, e ensinar jovens feiticeiros a dominar seu poder, para que pudessem se defender naquela época nefasta.. Decidiram então, construir uma escola de Magia. Assim, Hogwarts começa...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hogwarts, Uma História



Hogwarts, uma História, será a minha primeira fic, contando minha versão sobre a fundação de Hogwarts. Aguardem.

"Não existe o bem e o mal; somente o poder, e aqueles que são muito fracos para possuí-lo" - Lord Voldemort